quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Uma via mal-descoberta (ainda!)


As empresas juniores são organizadas e geridas por estudantes de graduação, com suporte técnico de professores de sua área de atuação. A EJ (sigla para Empresa Júnior) é a melhor forma de aplicação prática do conhecimento teórico obtido dentro da universidade, e pode acontecer em qualquer curso de graduação.


A área de atuação, comumente, é a de consultoria a micro e pequenas empresas. A prestação de serviços a esse público é por dois motivos principais:

1) o valor geralmente mais baixo pela hora de consultoria, que possibilita o acesso a estes pequenos empreendedores; 2) o apoio a estes empresário enquanto função social das EJ´s, no papel de suporte a essa demanda de empresários (geralmente menos capacitados), com fim de dar maior sobrevida e estabilidade a seus negócios.


Esses estudantes, com personalidade e atitudes voltadas para a inovação e o empreendedorismo, e provavelmente insatisfeitos em ter “apenas” ensino acadêmico, aceitam o desafio de gerir uma empresa e pensar como o mercado de fato exigirá deles.


A competitividade do mundo corporativo faz com que a vida profissional se inicie cada vez mais cedo. Durante a vida acadêmica, temos oportunidades em estágios, participação em eventos, cursos extracurriculares e etc. Mas, assim como em todo nicho, seja social ou profissional, há sempre os que vão além do padrão, e buscam por diferenciais que lhe trarão resultados futuros, dessa forma se tornam lideres, assumem responsabilidades e tendem a vencer


Com essa opção, são muitas as capacidades adquiridas, como oratória, a capacidade de trabalhar em grupo, competências gerenciais e interpessoais, habilidade de negociação com clientes internos e externos, além da experiência e networking adquiridos pela vivencia de mercado.


Nós estudantes desenvolvemos uma capacidade mais crítica, essencial para as ações empreendedoras. Provavelmente o caminho da maioria será o empreendedorismo, criando novos negócios, inovação e idéias que proporcionaram o crescimento das grandes economias do mundo, vide Japão, Coréia do Sul, EUA e etc.


Esse é um novo caminho no Brasil, relativamente recente (pouco mais de 20 anos), que certamente será a “nova via” em termos de oportunidades para estudantes, soluções e inovação para o mercado.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Benefício dado não pode ser tirado

Quando uma empresa dá, ao seu colaborador, um benefício, como um recesso de fim de ano, um plano de saúde ou mesmo algum tipo de auxílio, espera-se, com isso, aumentar a motivação do funcionário e compromisso do mesmo com a empresa.

Não dar alguns desses benefícios pode não trazer sérias consequências. Afinal a maioria dos colaboradores entende que há vários motivos que inviabilizam a implantação de um novo benefício social. É "aceitável", ou mesmo "cômodo", não ter o que nunca tivemos.

Entranto, é desagradável perder o que estávamos acostumados a ter. Ao retirar um benefício que foi dado os colaboradores sentem-se desconfortáveis. Gera a sensação de que a empresa não se preocupa realmente com os planos e desejos dos funcionários.
Sim, planos e desejos!

As pessoas se planejam baseadas nos recursos que elas possuem ou acham que irão possuir. Retirar parte destes recursos, mesmo que não cause um real impacto no seu desejo final, o frusta de maneira difícil de recuperar.
Todo aquele comprometimento conquistado desaparece e a motivação cai considerávelmente.

Por mais que queiramos pensar que não existem empresas que fazem isso, elas existem sim... e são muitas. Empresas onde a gestão de pessoas não é profissional, correm grande risco de cometer este erro.

Mas as vezes, é claro, torna-se insustentável manter determinados benefícios, devido a diversos fatores. Nestes casos, então, deve-se estudar uma forma de realizar a transição da maneira mais tranquila possível.

A comunicação deve ser clara e objetiva. Os colaboradores devem peceber que não foi uma decisão aleatória e que visava simplesmente melhorar a posição financeira da empresa. É possível também trocar um benefício por outro, desde que haja aceitação dos funcionários.

Enfim. Pense e analise bastante antes de oferecer qualquer coisa aos seus funcionários. Uma vez implantado, retirar um benefício social sem que haja perdas no comprometimento e na motivação será muito difícil.
E o mais importante: não ligue para um funcionário no meio de sua folga natalina para avisá-lo que terá de voltar mais cedo. É realmente muito frustrante!

Peace!

A nova "terceira idade"

Já há alguns anos tem se falado bastante sobre a mudança de comportamento da "terceira idade" e a cada dia as situações nos provam que ela é real.

As empresas no Brasil ainda não dão muita importância a esse segmento, que hoje é responsável por grande parte da fatia de mercado nacional, talvez porque a própria população, em média, "envelheceu" rápido demais e poucas marcas acompanharam o processo.

Essa foi uma das minhas maiores surpresas ao chegar na Bélgica. Cheguei em agosto, em meio a uma tradicional festa e grande parte dos participantes da mesma era de senhores e senhoras, que bebiam, dançavam e riam. A partir daí foi inevitável não ser surpreendido todas as manhãs com grupos entre 65-75 anos colocando as conversas em dia em bares, acompanhados de um café para assustar o frio.

Há 3 semanas tive a oportunidade de viajar até Edimburgo, Escócia. No albergue conheci um grupo de 3 simpáticas mulheres da Malasya, com idades de 58, 60 e 63 anos. Conversando na mesa do café da manhã (às 06:00), me contaram que estavam fazendo um mochilão pela Europa e já haviam passado por 4 países em 2 semanas. A maior parte da viagem era feita de carro.

No metrô em Bruxelas deparei-me com um senhor escutando um iPod.
Na semana passada, minha avó me contou que começou a fazer academia e que agora sobe as escadas sem precisar parar no meio do caminho para respirar.

Desperta-se o desejo de quem não cansou-se de viver, de certo modo, marginalizado. Desperta-se também as atenções para um mercado extremamente atraente.