segunda-feira, 22 de março de 2010

Marketing de serviços e sua relação com poucos recursos financeiros

Entre as ruas mais movimentadas e importantes pelo comércio em Liège está uma pequena loja de jaquetas e blusas para frio. Para não passar despercebida em meio a marcas como Célio, TheBodyShop, Mont Blanc e tantas outras prestigiadas e conhecidas, a lojinha adotou uma postura curiosa na vitrine: expor seus produtos com fotos de celebridades aos mesmos. Desse modo, o potencial consumidor tem alí a mesma jaqueta utilizada pelo Arnold Scharwenegger no filme Exterminador do Futuro 2 ou mesmo James Dean. Tudo de forma informal e beirando o que poderiam  chamar de "tosco".

O resultado é impressionante, na verdade. A loja vende muito e é sempre movimentada. Não sei se pelas fotos e associações com as jaquetas, mas o serviço é realmente diferenciado (principalmente aqui na Bélgica, onde isso não é uma virtude). Os preços são altos e a vendedora (dona da loja) é tão simpática que faz dar vontade de comprar.


Com tantas opções, os serviços se tornam cada vez mais importantes e pode ser o motivo de fidelização do cliente ou a razão para que ele nunca mais volte à loja (e divulgue a má experiência vivida alí). Essa proximidade cliente-empresa é hoje, mais do que nunca, extremamente responsável pelo desempenho do negócio em questão. Quantas pequenas empresas não são destaques no mercado pelo fato de desenvolverem um serviço diferenciado e tem uma carteira enorme de clientes, mesmo que sem muitos recursos financeiros?

A verdade é comprovada com a quantidade recente de artigos publicados e estudos realizados em marketing de serviços, com o intuito de descobrir quais fatores afetam essa relação. Por enquanto, algo é claro: se o consumidor não está satisfeito, ele troca de opção sem exitar.

terça-feira, 9 de março de 2010

Empresas e Universidade


Novidade não é! Grande (senão a completa maioria) parte das novas grandes empresas do mundo – e isso incluem quase todas aquelas que estamos habituados a comprar diariamente – possuem um “pezinho” dentro das Universidades. Esse texto poderia ser só exemplos (e seria um “textão”), mas por hora fico com os mais evidentes (e que vocês certamente conhece – e consome!): Google, Dell, Toshiba, e por aí vai...

É um grande erro seu (e era meu também, confesso) pensar que essas organizações pensam e produzem sozinhas seus produtos, ou que tenham departamentos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) auto-suficientes. Em meu trabalho junto ao recente Núcleo de Inovação Tecnológica da Universidade Federal de Goiás (NIT/UFG) pude perceber o que de fato acontece.

Parte importante da inovação e desenvolvimento em produtos e processos parte diretamente das Universidades e Instituições de Pesquisa, acontecendo nos laboratórios e instalações destas e posteriormente sendo remetidas ao mercado, por meio de licenciamentos de uso via patentes. No Brasil destaco quatro instituições com trabalho interessante nessa área: USP, UnB, UFMG e Unicamp, que atuam a alguns anos nessa área.

Outro ponto interessante é a relação entre os professores e alunos pesquisadores e o empreendedorismo. A partir do desenvolvimento de tecnologias e processos produtivos com capacidade de se tornar negócios rentáveis, o espírito empreendedor e o suporte da Universidade, surgem empresas competitivas no mercado.

O suporte da Universidade é conferido por meio das Incubadoras de Empresas, que proporcionam ao empreendedor suportes, como: cursos de capacitação, recursos tecnológicos e financeiros, ampliação do networking, além do “selo” de qualidade da instituição, que funciona como aval para a empresa no mercado.

São pólos de spin-offs (empresas que nascem com base tecnológica) no mundo: Vale do Silicio (EUA), India, Japão, Canadá, e outros.