Já há alguns anos tem se falado bastante sobre a mudança de comportamento da "terceira idade" e a cada dia as situações nos provam que ela é real.
As empresas no Brasil ainda não dão muita importância a esse segmento, que hoje é responsável por grande parte da fatia de mercado nacional, talvez porque a própria população, em média, "envelheceu" rápido demais e poucas marcas acompanharam o processo.
Essa foi uma das minhas maiores surpresas ao chegar na Bélgica. Cheguei em agosto, em meio a uma tradicional festa e grande parte dos participantes da mesma era de senhores e senhoras, que bebiam, dançavam e riam. A partir daí foi inevitável não ser surpreendido todas as manhãs com grupos entre 65-75 anos colocando as conversas em dia em bares, acompanhados de um café para assustar o frio.
Há 3 semanas tive a oportunidade de viajar até Edimburgo, Escócia. No albergue conheci um grupo de 3 simpáticas mulheres da Malasya, com idades de 58, 60 e 63 anos. Conversando na mesa do café da manhã (às 06:00), me contaram que estavam fazendo um mochilão pela Europa e já haviam passado por 4 países em 2 semanas. A maior parte da viagem era feita de carro.
No metrô em Bruxelas deparei-me com um senhor escutando um iPod.
Na semana passada, minha avó me contou que começou a fazer academia e que agora sobe as escadas sem precisar parar no meio do caminho para respirar.
Desperta-se o desejo de quem não cansou-se de viver, de certo modo, marginalizado. Desperta-se também as atenções para um mercado extremamente atraente.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
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