segunda-feira, 17 de maio de 2010

A.I, Investimento Artificial


É a nova onda no mundo dos investimentos em ativos e tem tudo para ser o modelo padrão nas próximas décadas (até que alguma falha dê prejuízo bilionário para alguém).
Falo dos fundos conhecidos como quantitativos, em que todas as ordens de compra e venda de ativos são disparadas automaticamente por servidores sem a interferência do ser humano, de acordo com as projeções e cálculos matemáticos.

Toda essa “exatidão” de métodos é a grande cartada destes fundos. Afinal, um dos grandes elementos de falha em investimentos é a emoção e irracionalidade presente em muitas ordens de compra e venda que vejo por aí.

O programa de computador é baseado em pilares básicos da arte de investir. Abaixo, listo alguns:

Tendências de alta e baixa.

Sempre que o computador identifica alguma ação, commodity ou contrato futuro em tendência de alta, será disparada uma ordem de compra do tal ativo. O mesmo vale para tendências de baixa.

Todavia, há um ponto a se ressaltar nesta estratégia mecânica. Ações pouco negociadas (baixa liquidez) podem criara a falsa impressão de tendências de alta e baixa a partir do movimento de poucos investidores, fato esse não identificado (a principio) pelo computador. E isso gerará dinheiro parado. (Dinheiro parado não gera riqueza, não é?)

Arbitragem

De acordo com essa estratégia, o computador atua de acordo com dados de negociações de vários ativos (de mesmo nicho de mercado, por exemplo) e enxerga distorções entre seus valores atuais e suas médias históricas. A partir disso, consegue identificar ativos sub ou superestimados, atuando (compra e venda) de acordo com esses parâmetros.

Acompanhamento 24 h

Computador jamais dorme, não é? E isso é um trunfo incrível deste programa.

Um diferencial sensacional deste tipo de operação é a possibilidade de realizar inúmeras compras (acompanhando cotações em outros mercados ao vivo, 24 h). Esse detalhe permite que se aufiram inúmeros ganhos “pequenos”, que somados podem gerar um montante considerável de capital ganho. Imagine ganhar 0,1% ao dia, diariamente, sobre um montante situado na casa de milhões, bilhões...

Apesar do boom desta prática nos Estados Unidos, no Brasil não chega a 10%. A BM&FBovespa espera que esses negócios cresçam no país, mas há alguns impedimentos que precisam ser vencidos por aqui. A baixa liquidez de muitos papéis, e a tradição da tomada de decisões com base em análise fundamentalista, são alguns dos impeditivos para a “massificação” destas práticas.

Vamos esperar e conferir!
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